17 de julho de 2014

A insustentável leveza do (novo) ser

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Não é melhor, nem pior do que se imaginava antes. É diferente. É diferente de tudo o que possam ter pensado. É diferente de tudo o que possam imaginar. Nalguns casos para melhor. Noutros para pior. Tudo depende de demasiadas coisas: de nós, da mãe, do bebé, do médico e das enfermeiras. Do que tiver de acontecer. Por isso, não vale muito a pena um homem preocupar-se muito se está (ou não) preparado para o momento do parto. Primeiro porque nunca estará completamente preparado. Depois porque há-de encontrar forças onde nunca julgou tê-las. O essencial é manter a calma. E deixarmos de ser nós aquilo que mais importa. Confesso: tenho horror a tudo o que sejam salas de operações, agulhas, luvas de latex e sei lá mais o quê. E, no entanto, só não assisti ao parto do meu primeiro filho. E apenas porque estava num hospital público e havia outra parturiente ao mesmo tempo a dar à luz. Desde aí assisti aos outros três. Não há palavras que descrevam o que só cada um pode sentir, por isso abstenho-me de escrever mais. Vão e gozem o momento que não há muitos assim. Entretanto, se não acreditam em mim, vejam este trabalho do fotógrafo Dave Young. Durante quatro noites, em Abril, esteve em dois hospitais londrinos a fotografar homens acabados de se transformar em pais. Basicamente os “elos esquecidos” num dia tão importante. As expressões variam entre o terror, o estado de choque, a felicidade extrema e o “ai Jesus o que é que me aconteceu”. Basicamente, falam por si. Vejam aqui.

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