31 de outubro de 2014

Meias andem aí

O outono está aí e ideias interessantes também... Para elas que gostam de inovar nas pernas aqui vão ideias para focagem nas mesmas :)

Fonte: http://www.boredpanda.com/creative-socks-stockings-tights/ 

30 de outubro de 2014

Crimes e cuspidelas


Cuspimos muitas vezes nas ruas. Cuspimos algumas vezes no prato em que comemos. Mas quando a cuspidela é uma tentativa parva de fazer humor, ninguém convoca a dessacralização montypythoniana dos poderes, ninguém admite o humor corrosivo de Yes, Prime Minister, todos nos tornamos virgens ofendidas - e o país tem de se ofender em uníssono sob pena de lesa pátria. Tresanda a mau desodorizante: xenófobo e parvo. Quais cães pavlovianos a salivarem com o mau humor, frases parvas ou perfis falsos. Não param para pensar porque a palermice não tem travões e logo é melhor soltar o odor fétido da xenofobia e do racismo. (E podia ser com suecos por causa de um anúncio de uma cola qualquer.)

Claro que me vão cuspir na cara que não é assim: eu até tenho amigos brasucas, mas eles são preguiçosos ou só comem novelas e até escolhem a Dilma, numa clássica variação em que os brasucas podem ser substituídos por pretos, chinocas, homossexuais - e por aí fora. Um mimo de tolerância, todos diferentes, nada iguais. 

Haja paciência. A diatribe, esta minha, não é cuspida. Porque a jactância só é própria de quem, sob a capa de um episódio banal de um comentário (por acaso de um perfil falso) parvo, resolve incendiar redes sociais numa mal disfarçada xenofobia: sim, Luana, 38 anos, brasileira de São Paulo, não foi atacada por colar os portugueses à derrota de Aécio, numa frase mais desajeitada que qualquer discurso de Passos Coelho. Luana foi linchada por ser brasuca, atriz de novela, de um país que só vive futebol, favelas e forró, quando é tão pobre. Como Maitê, 56 anos, também brasileira de São Paulo, tinha sido atropelada pela cuspidela sem graça na fonte dos Jerónimos.

Eu prefiro ir à fonte. Luana é a prova de que Deus é brasileiro, como já tínhamos aqui contado uma vez. Como Maitê. Escusam de cuspir. Admirem, tão-só.


27 de outubro de 2014

Choque de titãs


Cristiano Ronaldo e Lionel Messi gostam da concorrência, gostam de se picar, gostam de ser os melhores. A luta entre os dois tem servido para que vão batendo recordes atrás de recordes.

Os números de ambos são impressionantemente astronómicos:

Cristiano Ronaldo:
699 jogos
447 golos
141 assistências

Mas, e se virmos só os números de CR7 pelo Real Madrid?
260 jogos/273 golos (sim, tem mais golos que jogos)

Messi:
381 jogos
294 golos

Realizou-se este sábado o primeiro “super clássico” do campeonato espanhol desta época. O Real Madrid venceu o Barcelona e Cristiano Ronaldo venceu Messi, mas os números ainda favorecem o argentino.
Messi - 21 golos
CR7 – 14 golos

A época ainda está no princípio e as carreiras ainda estão longe de acabar. Os números (inacreditáveis) vão ainda melhorar e chegar a valores inimagináveis. Para bem de quem gosta de futebol.

24 de outubro de 2014

Dióxido de Titânio. Diz-lhe alguma coisa?

A mim também não me dizia nada mas parece que é utilizada como aditivo alimentar e em protectores solares para absorver raios ultra-violeta...

Mas uns cientistas da Universidade de Singapura, olharam para aquele pó durante 3 anos e, sob o efeito ou não de outro pó semelhante, deram-lhe outro destino: utilizá-lo no fabrico de baterias. Resultado: Uma bateria que dura cerca de 20 anos e bastam 2 minutos para a carregar em 70%.

Agora é só esperar um bocadinho que "salte cá para fora"



21 de outubro de 2014

O pneu que se agarra bem à estrada


Quando me dizem que a multidão teve uma boa aderência a determinada causa, lembro-me de pneus, esses sim habituados a aderências a curvas, ou de forma mais sofisticada habituados às texturas da superfície da estrada.
Por saber que não há adesão pessoal ao uso da palavra aderência, quando não falo de objetos, logo me atrapalho com isto das curvas. Por dois motivos: porque elas são bem-vindas e porque logo me lembro de Kate, 22 anos, americana de St. Joseph, no Michigan. As curvas de Kate são daquelas que têm boa aderência nas retas das passereles, provocando a nossa adesão instantânea. Em bom português nos entendemos, já se sabe (confrontemos o que digo com o filme que se vê aqui em baixo).
Talvez seja isto que tenha levado meia dúzia (ou centenas, não sei) a criticarem Jessica, 28 anos, portuguesa de Lisboa, por parecer mais cheia do que permitem as passereles, ignorando as kates deste mundo, por muitas e muitos entenderem que ela teria demasiada aderência às curvas. Como resposta, a grande maioria das e dos portugueses aderiram às suas teses, melhor, às suas curvas. Uma adesão que, neste caso, podia ser por o pneu (criticado, apesar de não se ver) ter uma boa aderência à estrada. Ou como em bom português nos atrapalhamos.


20 de outubro de 2014

O puto Chalana e o miúdo

Fernando Chalana tinha 17 anos e 25 dias quando se estreou com a camisola principal do Benfica. O "pequeno genial" é um daqueles jogadores de que nenhum adepto se consegue esquecer, tal a qualidade do seu futebol (*).

Esteve mais de 10 anos a brilhar no estádio da Luz e até ajudou a pagar o famoso "terceiro anel" com o dinheiro da transferência para o Bordéus, em 1984, depois de um estrondoso Euro em França. Teve tanta influência que Futre, outro grande jogador, diz que Chalana era (e é) o seu ídolo.

Lembrei-me do grande Chalana, várias vezes campeão como jogador e até como treinador (de juniores), porque este sábado um outro miúdo se estreou de águia ao peito com 17 anos.

Gonçalo Guedes jogou mais de uma hora contra o Sp. da Covilhã (clube a quem já tinha marcado na II Liga) pela equipa principal do Benfica para a Taça de Portugal. Jogou bem e até foi melhorando com a passagem dos minutos na Serra. Vamos ver o que ditam os próximos meses, mas o puto pode ter um futuro brilhante pela frente, se os deuses do futebol o ajudarem.

Para além da idade, não faço mais comparações com um dos maiores de sempre, mas é interessante ver que Gonçalo Guedes já é titular indiscutível da equipa "BB" e faz coisas destas...

ou isto...


Não é verdade que não haja qualidade no futebol português. Sempre houve e sempre haverá. É preciso é saber apostar neles. Os sub-21 aí estão a provar isso mesmo.

(*) sim, o seu bigode também é inesquecível :-)

17 de outubro de 2014

Como obter um "Thumbs Up" de um polícia


Ingredientes para o episódio da semana passada:
1 - Uma mota clássica engraçada
2 - Um trajecto de 10 minutos em monsanto do Instituto Superior de Agronomia para a Faculdade de Arquitectura
3 - O trajecto com obras que necessitava de policiamento
4 - Policiamento em mota
5 - Uma chuva torrencial que apenas caiu nesses 10 minutos de trajecto, que aleijava a cara no capacete aberto

O polícia, a pé, a tentar refugiar-se da chuva nas árvores de monsanto, atravessou a pé à nossa frente. Olhou para nós que não sabiamos se haviamos de rir ou chorar com tamanha carga de água em cima e, surpresa nossa: um "Thumbs up!"

Sempre deu para tirar as dúvidas: era para sorrir.


14 de outubro de 2014

Natureza pronta a servir


Desconcentrados? Então focai-vos neste naco de prosa que vos pode ser útil.

Dizem os estudos que há ruídos certos para estimular a nossa criatividade (é óbvio que um martelo pneumático e a urgência de acabar de escrever uma sinfonia não devem ser compatíveis). E houve uma alma qualquer que resolveu criar o Noisli, uma “app” que nos deixa misturar uma série de fontes sonoras que, supostamente, nos tornam mais criativos ou produtivos.

Há quem se irrite com o silêncio (quem está de mal consigo mesmo, presumo). E há quem faça mais e melhor quando está a ouvir, em fundo, o barulho de um café, da chuva, das trovoadas, das folhas a balançar ao vento, de um rio, uma cascata ou do mar. E o Noisli permite misturar alguns deles para criar “o ambiente certo para levar este país para a frente” (pelo menos, tenho ouvido dizer que o problema é a produtividade...).

De qualquer forma, porque liguei agora mesmo a “app” e comecei aqui a acelerar a minha criatividade, deixem-me perguntar: isto faz algum sentido? Se sim, parem de ler aqui.

(já está?)

Se não, é algo que me pergunto: como se terá inspirado um Van Gogh? Um Vivaldi? Um dos pintores das grutas de Altamira? Na Natureza! Pois é! Esse lugar esquecido por quem vive na cidade. E que tal ir dar uma volta com o portátil e deitar na relva? Levar a tela e os pincéis para o campo, mesmo que se pinte o mar?

Ok, não venham com a gracinha do piano de cauda. Ninguém tem um piano de cauda. Levem o de parede.

13 de outubro de 2014

Chapéu-de-chuva a ar!

Para estes tempos de chuva aqui fica uma proposta. Diz quem sabe que é a maior revolução em 3 mil anos de chapéus-de-chuva.
Este não tem tecido, nem varetas, usa o ar para criar um campo protector. É como andar de moto à chuva: quanto mais depressa menos se molha.


Para já, é apenas um projecto e os rapazes que o inventaram estão à procura de financiamento. Por cerca de 70 euros já se consegue ficar na lista para receber um.
Os inventores precisam de 10 mil dólares, mas ainda não chegaram aos 5 mil.

Casamentos por encomenda


Já sabem os fiéis leitores que à segunda-feira trago-vos “estórias” relacionadas com desporto, mas hoje começo por dizer-vos que este sábado fui a um casamento (*).

Mas o que é que uma coisa tem a ver com outra? É que a memória é uma coisa fantástica e eu lembrei-me que o futebol português já teve uma fase (alguns anos) em que os “casamentos” tinham um papel determinante na construção dos plantéis.

Há mais de 30 anos havia uma regra na Europa que limitava o número de estrangeiros por equipa. Em Portugal, o país do desenrascanço, logo se descobriu como ultrapassar esse obstáculo.

Estávamos em 1982/83 e, ao que conta a lenda, foi o Sporting que inaugurou o “estratagema” quando contratou dois estrangeiros para o plantel principal numa altura em que já tinha as vagas preenchidas: Bukovac e Kostov, búlgaros de nascimento, chegaram a Portugal pela mão de João Rocha, presidente dos leões na altura, e logo casaram com duas jovens portuguesas de gema, alegadamente sem as chegarem a ver.

Confesso que não tenho memória suficiente para dizer se os dois rapazes foram ou não mais-valias no plantel de Alvalade mas, certo, é que ficaram na história do Sporting e do futebol português. Terão sido os primeiros a ter “casamentos arranjados”.

A partir daí todos os clubes nacionais seguiram este exemplo. O “truque” durou muitos anos e só terá terminado com a chamada “lei Bosman”, de que, provavelmente, vos falarei um dia destes.

(*) a cerimónia foi bonita, o dia correu muito bem e a noiva estava linda :-)

12 de outubro de 2014

Surpresa no Metro de Lisboa

Saiu da carruagem do metro a cantar. Do outro cais atiraram-lhe palmas. Ela parou e voltou atrás para agradecer... cantando.
Foi assim, esta noite, no metro de Lisboa.


10 de outubro de 2014

Clássica com pneus de cross? Vivam as princesas tolerantes!


Sim, transformei um pouco a minha moto. Entre outras coisas, coloquei-lhe uns pneus mais robustos para ter idêntico prazer tanto no asfalto, como em estradas menos elaboradas...

Há vários sítios bonitos no mundo e um deles é um percurso de cerca de 10 km imediatamente a sul do cabo Sardão e só não dá para mais porque a estrada se precipita num declive acentuado (só mesmo de bicicleta às costas). Apesar das dificuldades, aqueles 30 minutos de percurso são daqueles momentos revigorantes, que colocam aquele sorriso parvo num motociclista.

Fiz o percurso pela segunda vez nestas férias de Verão e não seria possível fazê-lo sem o apoio da minha princesa que levou o carro e crianças e tolera o meu discurso "logo chego" :)

8 de outubro de 2014

Os primeiros anos


São 100 fotografias que ilustram os primeiros anos deste século XXI. É um mundo recordado de um ponto de vista norte-americano, mas que acaba também por ser o nosso.

Esta viagem de 14 anos (embora o novo século só tenha começado em 2001) arranca na passagem de ano de 2000 em Sidney, na Austrália, quando o mundo tremia de medo do bug do milénio e termina na praça Maidan, em Kiev. Pelo meio, o tsunami na Ásia, o 11 de Setembro, a morte de Bin Laden, os mineiros do Chile, a morte de João Paulo II e o Papa Francisco.

São 100 instantâneos que fazem a nossa história. Escolhi para ilustrar este post a foto de W. Bush no momento em que é informado do embate do segundo avião no World Trade Center, em Nova Iorque. O presidente dos Estados Unidos estava numa escola na Flórida e o mundo nunca mais voltou a ser o mesmo.

Para ver, basta clicar aqui.


7 de outubro de 2014

Há caracóis


O pior deste tempo manhoso e pegajoso não é o facto de estar frio e calor ao mesmo tempo, não é o enfrentar moscas moles e chatas, não é o ficar com a roupa molhada, não é a impossibilidade de secar roupa e ter de ir trabalhar com uma camisa que detestamos ou mesmo com a do smoking (já não há outra lavada e passada), é o cabelo.
Este tempo arruina qualquer cabelo! E como diz um amigo meu: "um homem é o seu cabelo"!
Oh, Sol volta, por favor!

6 de outubro de 2014

Brasil, país de bola e novelas

 (*)
Este domingo realizou-se a primeira volta das eleições presidenciais brasileiras. ‘Bora lá aproveitar a boleia para falar do Brasil.

O que tem este grande país de melhor e exportador? Futebol e telenovelas.

E se juntássemos as duas coisas? A Rede Globo já o fez e com grande sucesso com a “Vereda Tropical” que eu segui "religiosamente".



Estávamos em 1985 e o actor Mário Gomes era “Luca”, jovem prodígio, que foi contratado pelo Corinthians.

Foi curioso ver o aparecimento do "jogador", a contratação por um grande, a pressão do clube e dos empresários para jogar, mesmo lesionado, e o declínio... Bem actual, apesar de ter quase 30 anos.

(*) Na foto vê-se "Luca" (actor Mário Gomes, o galã da altura) ao lado de Casagrande, jogador à séria que anos mais tarde chegou a jogar em Portugal pelo FC Porto).

3 de outubro de 2014

Disney Pin-Up

"Conta-me uma história" é frase que os pais temem depois de um dia daqueles em que já só pensam adormecer no sofá. E depois não é só a história que enfada, são os mesmos bonecos de sempre, sorridentes, bem traçados e enervantes.

Temos uma solução! 

E que tal imaginar as miúdas da Disney assim:

Ariel


Rapunzel


Cinderella


Branca de Neve


Aurora 


Tiana

 

O artista chama-se KittRen http://kittren.deviantart.com/

Agora as histórias podem ser mais apelativas, mas não convém mostrar os desenhos aos miúdos. 

Uns míseros 15 mil milhões



Não sei se 15 mil milhões de dólares (11.6 mil milhões de euros) são suficientes ou não para que o "Green Climate Fund" irá tentar/querer fazer... Confesso que tanto milhão me faz confusão para fazer contas.

Na última semana de Setembro, na Climate Change Summit organizada pela ONU, uns míseros 2,5 mil milhões "foram conseguidos"!

E digo míseros porque, se os milhões não me falham... portugal pediu emprestado 78 mil milhões de euros (100 mil milhões de dolares) e não houve falta de organização para localizar quem emprestasse para receber juros.

Isto aconteceu para "salvar um país" pequeno como o nosso e para a escala global, entre todos, os países ricos não se solidarizam em avançar com 15% do que emprestaram a Portugal?

Podem-lhe chamar "Nações Unidas", mas parece-me uma ironia. As más noticias são: Ainda é melhor ter uma ONU do que não tê-la.

Entretanto vamos lá gastar mais dinheiro a recuperar perdas devido a eventos extremos cada vez mais frequentes.

E não se queixem de 20 litros por metro quadrado numa hora em Lisboa como aconteceu no dia 22 de Setembro de 2014. Não há nenhum sistema de escoamento urbano que consiga escoar esse volume em tempo que estamos habituados. Simplesmente não foi dimensionado para isso...

A solução: 1) Vamos gastar milhões em restruturação dos sistemas de escoamento (para não falar de outras coisas como estragos na agricultura e infraestruturas) ou 2)vamos todos juntar para evitar que o problema se propague com mais violência?


2 de outubro de 2014

Castos bustos

Vai pouco farta a polémica dos bustos mal barrados na Assembleia da República: o fascismo enche a boca de uma certa esquerda, como se a banalização da palavra não pudesse contribuir para a banalização do mal e a direita logo se preocupa com a História que não se pode apagar - a mesma direita que quer extirpar da Constituição o seu preâmbulo histórico.

Nisto perdemos sempre o ponto cardeal certo, como prova o desnorte provocado por aqueles bustos nos corredores parlamentares. Não são estes bustos que deviam estar em exposição, concorde-se, porque a República merecia antes uma nova releitura. 

Há imagens castas do busto republicano português (e já nem falamos daquelas caricaturas no Parlamento), mas apesar de uma ou outra representação despida, nunca ousámos como os franceses, que inventaram a efígie e lhe deram formas - eles já renovaram a imagem de Marianne, a partir da sua imagética pop: Brigitte Bardot (em 1968) foi Marianne e logo deus recriou a República. Houve ainda em 1972 Michèle Morgan; em 1978, Mireille Mathieu; em 1985, Catherine Deneuve; em 1989, Inès de la Fressange; e (já lá vamos) em 2000, Laetitia Casta; por fim, em 2012, Sophie Marceau. Perante tamanha lista, ainda dizem que a República é menos atraente que a monarquia?! Non!

O busto português merecia renovado respeito. E perante Laetitia, 36 anos, francesa de Pont-Audemer, a Marianne de 2000, também acho que devemos discutir os bustos da República. Ou a falta deles nos dias de hoje. E não se faça tábua rasa em matéria tão abundante.